Poupança volta à rentabilidade antiga com alta da Selic

 Com a nova elevação da Selic nesta quarta-feira para 9,00% ao ano, a caderneta de poupança volta à sua remuneração antiga de 0,5% ao mês mais Taxa Referencial (TR). Essa é a remuneração mais alta a que o investimento mais popular do Brasil pode chegar; mesmo que a Selic suba mais vezes no futuro, essa rentabilidade permanece fixa.
Pelas regras de remuneração atualizadas em maio do ano passado, sempre que a taxa básica de juros (Selic) foi igual ou inferior a 8,50% ao ano, a poupança pagará 70% da Selic mais TR. Nesse patamar baixo de juros, a TR costuma ser igual a zero.
Já se a Selic estiver acima de 8,50%, como é o caso agora, a poupança volta à remuneração fixa antiga. Nesse cenário, a TR pode já não ser mais igual a zero, mas ainda costuma se aproximar de zero enquanto a Selic está em um dígito. Isso porque sua forma de cálculo tende a puxá-la para baixo.
Os depósitos feitos na caderneta da poupança até 3 de maio de 2012 continuam rendendo 0,5% ao mês mais TR em qualquer cenário de Selic, mesmo aqueles inferiores a 8,5% ao ano. É o que se convencionou chamar de poupança antiga. Ao voltar à velha remuneração, tanto os depósitos feitos antes quanto depois dessa data (a "poupança nova") se igualam em remuneração.
Veja na tabela abaixo como fica a remuneração anual da nova poupança no atual cenário de juros. Acesse a calculadora para calcular o saldo da poupança com a remuneração de 0,5% ao mês em qualquer prazo.
TRRendimento da poupançaSe você investir R$ 1.000 reais, após um ano você terá (R$)
0,006,17%1.061,68
0,01%6,29%1.062,95
0,02%6,42%1.064,22
0,03%6,55%1.065,49
Com a elevação da Selic, a poupança passa a pagar mais e ganha com mais folga da inflação. A remuneração anual é de 6,17%, frente a uma expectativa de inflação de 5,80% para o fim de 2013, de acordo com os analistas ouvidos pelo Boletim Focus, do Banco Central.
Ainda assim, a caderneta perde atratividade frente a outras aplicações de renda fixa pós-fixadas, como fundos DI, CDBs e Letras Financeiras do Tesouro (LFT), títulos públicos negociados via Tesouro Direto. Eles passam a ganhar da poupança com mais facilidade, mesmo tendo seus rendimentos tributados, enquanto a poupança é isenta de IR.
Essas aplicações são tão conservadoras quanto a poupança, tanto em matéria de segurança quanto de baixa oscilação nos rendimentos. Além disso, assim como a caderneta, podem ser resgatados a qualquer momento. Quanto mais a Selic subir, maior será a vantagem dessasaplicações financeiras frente a remuneração limitada da poupança.

Hackers pró-Assad derrubam site do The New York Times

Sede do The New York Times: esta é a segunda vez em menos de duas semanas que o site do jornal sai do ar
São Paulo – Os leitores digitais do The New York Times (NYT) não conseguiram acessar o site jornal durante uma parte da tarde desta terça-feira. O motivo:  um ataque de hackers. Esta foi a segunda queda do site em menos de duas semanas.
Segundo Marc Frons, que comanda a área de tecnologia do The New York Times, o nome de domínio do site foi comprometido após um ataque externo malicioso. Ele também instruiu os funcionários do jornal a serem muito cuidadosos ao enviar e-mails, para evitar roubo de informações. Os hackers não teriam de fato invadido o site do jornal, mas apenas "sequestrado" o seu domínio.
Frons afirmou em uma entrevista ao jornal que o ataque foi realizado por um grupo conhecido como Exército Eletrônico da Síria (SEA, em inglês), um grupo de hackers que apoia o presidente sírio, Bashar al-Assad. A informação foi confirmada pelo SEA no perfil do Twitter do grupo. 
O site saiu do ar pela primeira vez às 3 horas da tarde (horário de Nova York). Após ter retornado, os hackers agiram rapidamente para derrubá-lo novamente.
O SEA surgiu em maio de 2011, durante o início da guerra civil na Síria. Começou com uma série de ataques contra meios de comunicações sem fins lucrativos, como a página do presidente Barack Obama e da apresentadora Oprah Winfrey no Facebook. Segundo eles, objetivo era oferecer uma narrativa diferente do país a oferecida pela mídia.
Até hoje, o NYT não tinha sido atacado pelo grupo, que já interrompeu operações em sites como  The Financial Times. Em 15 de agosto o SEA atacou o Washington Post e a CNN, mas sem obter sucesso no site da CNN.
Segundo especialistas de segurança, o NYT também seria um dos alvos do ataque. Um dia antes, 14 de agosto, a página do jornal saiu do ar, num episódio mas que foi justificado pelo jornal apenas como uma falha técnica.
O grupo SEA afirmou também que sequestrou o registro de domínio do Twitter. O SEA postou uma mensagem na rede mostrando que conseguiu alterar o domínio para sea@sea.sy.
Frons afirmou que os ataques desta terça precisaram de mais habilidade do que os realizados anteriormente pelo grupo, como quando invadiram perfis da mídia como The Guardian e da Associated Press para divulgar informações falsas que abalaram o mercado financeiro.

Justiça sequestra 49 carros da BBom

Logo da Mercedes-Benz, um dos carros de luxo sequestrados: a frota, avaliada em R$ 3,5 milhões, poderá servir de garantia para eventual ressarcimento de danos a investidores e à União
São Paulo - A Justiça Federal em São Paulo decretou o sequestro de 49 veículos da Embrasystem Tecnologia em Sistemas, que opera no mercado multimídia. A empresa é investigada por suposta criação de pirâmide financeira por meio da BBom, seu braço de venda direta. A decisão é do juiz Marcelo Costenaro Cavali, da 6.ª Vara Criminal Federal, que acolheu pedido da Procuradoria da República.
A frota confiscada inclui 26 carros de luxo, sendo 17 Mercedes Benz, 4 Lamborghines, uma Maserati, 3 Ferraris e um Rolls Royce Ghost que, segundo a Polícia Federal, está avaliada em R$ 3,5 milhões.
Segundo a PF, a Embrasystem atua com venda de rastreador de veículos, mas o equipamento seria apenas o pretexto para arrecadar recursos e atrair novos clientes.
O juiz ordenou o confisco porque a PF encontra dificuldades em localizar a frota que faria parte do patrimônio da Embrasystem destinado a sorteios. Os carros poderão servir de garantia para eventual ressarcimento de danos a investidores e à União.
Cavali também mandou bloquear R$ 479 milhões em contas bancárias de dirigentes da empresa e de pessoas que investiram na pirâmide - desse montante, R$ 18,5 milhões já foram efetivamente congelados. A investigação corre sob segredo de Justiça por ordem de Cavali. A estimativa da PF é que pelo menos 200 mil investidores formam a pirâmide - a PF diz que em apenas 60 dias aderiram ao bolo 85 mil investidores.
Os sócios da Embrasystem podem sofrer acusação formal por lavagem de dinheiro e violação aos artigos 5.º (desvio de valores) e 16 (operar instituição financeira sem autorização do Banco Central) da Lei 7.492/86, que define os crimes contra o sistema financeiro.
Em julho, a Justiça Federal em Goiânia já havia decretado embargo de R$ 315 milhões da Embrasystem em decisão de âmbito cível.
Além da BBom, uma segunda empresa, a Unepxmil, faz parte do grupo. A BBom informa que desenvolve suas atividades baseada na venda de pacotes para interessados. “No momento que ela (BBom) está vendendo um pacote a um determinado cliente, além de estar ‘captando’ o desejado recurso, também está criando um novo cliente para a Unepxmil.”
“Nada consta”
Em seu site, a Embrasystem sustenta que sua missão é “ser reconhecida como empresa de excelência, por oferecer produtos e serviços de alta qualidade, em todos os seus segmentos”.
A Embrasystem atua “em diversas linhas de negócios, oferecendo à sociedade um portfólio de produtos e serviços líderes em seus segmentos, com estrutura de vendas e distribuição de abrangência nacional para suprir as necessidades dos clientes”. Seus valores são “transparência, ética, lealdade, responsabilidade”.
Em nota sobre as investigações, a Embrasystem disse que está “confiante no desenrolar da situação que envolve a empresa BBom com a Justiça”. “Por mais que esperamos que se resolva, a cada dia que passa fica mais complicado, pois quem vive marketing multinível sabe que tem que matar um leão a cada dia para sobreviver em um meio que ficou tão injustiçado pelo poder brasileiro.”
A Embrasystem colocou em seu site certidão de “nada consta” contra a empresa, expedida pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em Brasília. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Além de TelexFREE, 80 empresas são investigadas por pirâmide

Pirâmide financeira: a prática é considerada crime no Brasil 
São Paulo – Subiu para 80 o número de empresas investigadas em força tarefa montada pelo Ministério Público por suspeita de praticarem pirâmide financeira. TelexFREE, BBOM e Priples, que enfrentam a mesma acusação, já tiveram seus bens bloqueados pela Justiça.
“O número vem crescendo assustadoramente. Se a velocidade em que essas empresas estão sendo criadas continuar a mesma, não daremos conta do volume”, afirma a procuradora da República de Goiás, Mariane Mello.
De acordo com ela, pelo menos uma nova representação é apresentada por dia para a força tarefa formada por promotores e procuradores para investigar as empresas em todo país. No final de julho,30 empresas eram suspeitas.
“Nós precisamos de um apoio imediato do governo. Deveria ser feita uma campanha de conscientização para que a população pare de ser prejudicada”, afirma Mariane Mello. 
Os nomes das empresas não são divulgados pelo Ministério Público até que os processos tenham sido encaminhados à Justiça. De acordo com a promotora, pelo menos mais quatro ações já foram encaminhadas e os nomes das empresas serão revelados assim que houver abertura dos processos.
No Brasil, a pirâmide financeira é considerada crime contra a economia popular (Lei 1.521/51). A pena varia de seis meses a dois anos de prisão e multa, mas muitas vezes acaba sendo convertida em prestação de serviços comunitários ou pagamento de cestas básicas.
Para a procuradora, a punição branda contribui para que a prática se alastre pelo país. Segundo ela, o Ministério Público deve encaminhar na próxima semana uma proposta de projeto de lei que torne a pena mais grave.
O projeto será entregue à Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), órgão ligado ao Ministério da Justiça, para que seja encaminhado ao poder Legislativo.

IGP-M desacelera alta para 0,15% em agosto

Movimento foi favorecido pela desaceleração da alta dos preços no atacado e da construção

São Paulo - O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) subiu 0,15 por cento em agosto, ante elevação de 0,26 por cento em julho, favorecido pela desaceleração da alta dos preços no atacado e da construção, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira.
O resultado foi igual à mediana de 26 projeções em pesquisa Reuters, cujas estimativas variaram de 0,06 a 0,25 por cento.
Em 12 meses o IGP-M acumula alta de 3,85 por cento. Em relação à segunda prévia de agosto, entretanto, houve ligeira aceleração, após alta de 0,11 por cento no período.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60 por cento do índice geral, teve alta de 0,14 por cento em agosto, ante avanço de 0,30 por cento em julho.
Já o Índice de Preços ao Consumidor, com peso de 30 por cento no índice geral, avançou 0,09 por cento, após variação negativa de 0,07 por cento no mês anterior.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), por sua vez, registrou elevação de 0,31 por cento, desacelerando ante alta de 0,73 por cento na apuração de julho.
O IGP-M é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de energia elétrica e aluguel. Ele calcula as variações de preços no período entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.
Diante de um cenário de inflação ainda elevada mas também de dificuldades de crescimento, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu na quarta-feira elevar a taxa básica de juros Selic em 0,50 ponto percentual, para 9 por cento ao ano.

OGX diz que Petronas não tem direito de adiar pagamento

Companhia informou que está empenhada em buscar uma solução que preserve o interesse de ambas as companhias

Rio de Janeiro - A petroleira OGX afirmou nesta quarta-feira em comunicado que a empresa estatal malaia Petronas, com a qual firmou acordo para venda de fatia de dois blocos na bacia de Campos, não tem direito de adiar o fechamento financeiro da transação e que "não há definição a esse respeito".
A Petronas anunciou nesta semana que aguarda a reestruturação da dívida da OGX para dar prosseguimento ao negócio 850 milhões de dólares. O acordo com a gigante de petróleo da Malásia é considerado crucial para a empresa de Eike Batista, que lida com dívidas crescentes e uma crise de confiança no grupo EBX.
"A companhia entende que a Petronas não tem direito de adiar o fechamento financeiro da transação celebrada com a OGX assim que as condições precedentes previstas no contrato sejam cumpridas, nenhuma das quais faz referência à reestruturação de dívida", disse a OGX em comunicado enviado ao mercado nesta quarta-feira.
"De qualquer forma, no espírito de preservar a boa relação que existe entre as duas companhias, a OGX está empenhada em buscar uma solução que preserve o interesse de ambas as companhias." O presidente da Petronas , Shamsul Azhar Abbas, afirmou na segunda-feira que só dará continuidade ao negócio depois da reestruturação da dívida da empresa brasileira.
A OGX informou que tomou conhecimento da declaração de Abbas pela imprensa e que em seguida entrou em contato com executivos da petroleira asiática para obter esclarecimentos.
A Reuters publicou na terça-feira que a Petronas ainda não apresentou as garantias financeiras exigidas por autoridades brasileiras para a compra de fatia de blocos da OGX, e a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) ainda não aprovou o acordo anunciado no começo de maio devido à falta dos documentos.

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