Com sócio de apenas 18 anos, “Tinder dos apartamentos” consegue investimentos milionários

Com sócio de apenas 18 anos, “Tinder dos apartamentos” consegue investimentos milionários

O aplicativo HomeSwipe teve mais de 40.000 downloads em seis meses

Por Priscila Zuini com Gabriel Lellis - 27/05/2015
Quando o usuário escolhe uma casa no app, ele automaticamente entra em contato com o agente que a está vendendo (Foto: Divulgação)
Os americanos Jason Marmon, 18, e Michael Lisovetsky, 22, são aparentemente dois jovens comuns. Eles saíram há pouco tempo do ensino médio e gostam de tecnologia. A diferença é que juntos eles criaram uma startup que recebeu mais de US$ 500 mil em investimentos. Esses empreendedores precoces desenvolveram o aplicativo HomeSwipe– uma espécie de “Tinder dos apartamentos de aluguel”.
Tudo começou em 2014, quanto Lisovetsky participava de um curso para o desenvolvimento de jovens empreendedores na Universidade de Draper. Ao longo das sete semanas de duração das suas aulas, ele conheceu o experiente empreendedor Dean Soukeras, 43. Os dois então decidiram trabalhar juntos para criar um projeto de startup. 
Infelizmente, nenhuma ideia genial surgiu rapidamente e eles começaram a se questionar como alguns apps, como o Tinder, faziam tanto sucesso. A resposta, a princípio não tão óbvia, surgiu de um “estalo”. Lisovetsky percebeu que esses apps organizavam centenas de dados de forma simples e entregavam ao usuário uma pré-seleção, facilitando a escolha.
Com a ideia em mãos, bastava aplicá-la para resolver algum problema. Surgia então o HomeSwipe, desenvolvido para acabar com as dificuldades em encontrar um apartamento para alugar nas grandes cidades. O usuário recebe em sua tela as opções e com um deslizar de dedo decide se deseja conhecer melhor o lugar ou não.
Procurando um sócio
“Precisamos de alguém disposto a nos ajudar no desenvolvimento de uma ‘grande ideia’. Lisovetsky fez um post exatamente como esse em um grupo de jovens programadores no Facebook. E em pouco tempo recebeu a resposta de Jason Marmon, o futuro terceiro sócio da startup.
Em duas semanas Marmon e Lisovetsky programaram a primeira versão do HomeSwipe. Apesar de, segundo os desenvolvedores, ser um protótipo “feio mas funcional”, era algo suficiente para ser apresentado para Tim Draper, dono da universidade e investidor de startups. A ideia impressionou e os empreendedores conseguiram um investimento inicial de US$ 500 mil.
Com seis meses de funcionamento, o HomeSwipe teve mais de 47.000 downloads. O sucesso repentino aumentou a carga de trabalho dos sócios e Marmon decidiu largar os estudos para se dedicar à startup.
Por enquanto, o app funciona apenas na cidade de Chicago e apresenta mais de 18.000 imóveis cadastrados. Os criadores ainda estão estruturando um plano de negócios para a empresa, mas já pretendem, nos próximos meses, expandir o serviço para outras cidades.

Confecção mineira que começou com R$ 800 fatura R$ 3,5 milhões

Confecção mineira que começou com R$ 800 fatura R$ 3,5 milhões

O casal Willian e Cândida Pires transformou as regatas em seu negócio

Por Fabiano Candido com Isabela Moreira - 11/03/2015
Hoje a Cândida Mariá produz para todo o Brasil  (Foto: Divulgação)
O negócio do casal Willian, 40, e Cândida Pires, 25 anos, nasceu da junção de doisinsights. O primeiro ocorreu enquanto o então funcionário público de Uberlândia, em Minas Gerais, assistia ao reality show “O Aprendiz”, apresentado por Roberto Justus. O episódio em questão tinha como enfoque os negócios do mundo da moda, o que, inesperadamente, chamou a atenção de Pires. “De todas as equipes, só uma se deu bem e foi porque eles apostaram em um produto básico”, afirma o empreendedor.
Ele teve a ideia de desenvolver um produto que também fosse básico e rentável. “Naquele tempo a minha esposa Cândida usava uma regatinha preta para tudo. Tive uma sacada de fazermos regatas para vender”, diz.
Pires utilizou a quantia de R$ 800 que conseguiu vendendo seu carro para comprar os primeiros tecidos. Uma costureira da cidade produziu as 12 primeiras regatas.
As regatas são o carro chefe do negócio de Willian e Cândida Pires (Foto: Divulgação)
Na época, Pires, com 29 anos, fazia graduação em Direito e Cândida, então com 15 anos, cursava o ensino médio. Ele levou algumas regatas para vender na faculdade. Ela, na escola. A primeira remessa foi toda vendida no primeiro dia e, logo, o casal começou a reinvestir o dinheiro na produção de mais regatas.
Os empreendedores começaram a expandir sua área de atuação vendendo as peças de porta em porta e depois de loja em loja. O negócio foi crescendo e, depois de três anos, uma costureira deixou de ser o suficiente. A dupla adquiriu a mesa de corte e outras ferramentas necessárias e seguiu produzindo seus produtos para vender no atacado.
Consolidação
Pires e Cândida formalizaram o negócio e, aos poucos, foram contratando alguns funcionários. Logo, conseguiram adaptar o espaço de uma casa em Uberlândia em uma fábrica para a confecção, que ganhou o nome de Cândida Mariá.
O crescimento da empresa também fez com que os empreendedores começassem a apostar em outras peças de vestuário além das regatas. “Fomos bem resistentes no começo, pois queríamos nos tornar uma referência no que diz respeito às regatas”, afirma o empreendedor. “Primeiro nos especializamos e nos tornamos eficientes trabalhando com regatas. Depois começamos a produzir batas, shorts saia e calças legging.”
As calças legging da marca mineira ficaram populares - principalmente por causa da irmãs Kardashian (Foto: Divulgação)
A Cândida Mariá não possui um departamento de marketing ou qualquer plano de divulgação. O  crescimento da marca ocorre no boca a boca. Atualmente, a marca tem 25 funcionários e é vendida em todo Brasil e nos Estados Unidos.
A cunhada de Pires, que mora nos Estados Unidos, virou distribuidora da marca por lá. Recentemente, garante o empreendedor, as socialites americanas Kim, Khloe e Koutney Kardashian, estrelas do reality show“Keeping Up With the Kardashians”, foram vistas comprando as calças da marca mineira em South Hampton, em Nova York, nos Estados Unidos. Fotógrafos registraram o momento e a Cândida Mariá foi tão procurada virtualmente que o site da confecção chegou a ficar fora do ar por não ter estrutura para receber tantos acessos.
Em 2014, a empresa faturou R$ 3,5 milhões. O casal espera crescer este valor ainda mais nos próximos dois anos por causa da nova sede da Cândida Mariá, que deve ser inaugurada no final de maio. Segundo Pires, o local é quatro vezes maior que o atual e abrigará uma linha de produção profissional. “Vamos sair do improviso para uma estrutura profissional”.

Empreendedora monta negócio de sucesso depois de fracassar

Empreendedora monta negócio de sucesso depois de fracassar

Sílvia Maria Rauber, do interior de SC, é prova de que, com dedicação e persistência, é possível fazer uma empresa prosperar

Da Agência Sebrae de Notícia - 18/03/2015
A empreendedora Sílvia Maria Rauber: ela persistiu e venceu (Foto: Reprodução/Sebrae)
Uma conversa entre amigas, o desejo comum de empreender na área educacional, a fundação de um negócio que não deu certo, a união de forças para recomeçar do zero. Isso resume a trajetória da empresária Sílvia Maria Rauber, 34 anos, que venceu o Troféu Bronze do Prêmio Sebrae Mulher de Negócios na categoria Pequenos Negócios. Sílvia é dona do Saber Centro de Educação Profissional, que funciona desde 2010 em Concórdia, município no oeste de Santa Catarina, a 400 quilômetros de Florianópolis.
O sonho de ter o próprio negócio começou a sair do papel em 2005 quando Sílvia, ao lado de uma amiga, criou uma cooperativa educacional que oferecia, basicamente, reforço e aulas particulares, preparatórias para concursos públicos, inclusive. A empresa funcionou por quatro anos, mas acabou fechando as portas em 2009. “A ideia inicial era muito boa, mas o resultado foi um desastre, principalmente pela falta de comprometimento das pessoas. Em lugar de crescimento, tivemos aborrecimento e frustração”, conta.
Sílvia, no entanto, não desistiu. O perfil batalhador da empresária fez com que ela passasse um ano trabalhando, planejando os detalhes de um novo negócio, estudando o mercado até inaugurar o Saber Centro de Educação Profissional, em 2010. “Montei o plano de negócios, calculei a viabilidade, estudei o mercado e identifiquei um diferencial”, relata.
O Saber nasceu como um centro profissionalizante, com o intuito principal de oferecer soluções profissionais para os alunos, mas hoje conta com um catálogo de mais de cem cursos com carga horária, valores, duração e horários diferenciados. A empresa oferece desde treinamentos profissionais até cursos de idiomas, informática, preparação para concursos, reforço escolar, cursos de artes, etc. São cerca de 15 professores fixos e colaboradores e 250 alunos por mês. “Tenho uma convivência pessoal com meus clientes e acompanho de perto suas necessidades pessoais e profissionais”, diz.
Sílvia tem planos de abrir uma filial na cidade de Erechim em 2015 – já desenvolveu o plano de negócios e calculou a viabilidade da medida – e está testando a plataforma on line para oferecer cursos a distância ainda no primeiro semestre do ano. Apesar da pretensão de crescer, a empresária não se esquece de controlar a gestão da empresa. “Temos controles financeiros, pedagógicos e administrativos que possibilitam relatórios e gráficos para analisar os resultados e possibilitar o alcance das metas estabelecidas. Com isso, podemos constatar o aumento do faturamento, das matrículas, diminuição das desistências e inadimplência."
O fato de ter recomeçado do zero deixou vários aprendizados para a empresária. O principal deles foi a necessidade de se capacitar. “Pude selecionar o que agregava valor e descartar o que não servia mais. Estou sempre desenvolvendo estratégias, fazendo cursos, buscando material na internet, lendo a respeito e buscando soluções. Posso dizer que caí, levantei, cresci, tentei de novo, conquistei o meu espaço e alcancei meus objetivos”, afirma. “Acredito que eu seja referência porque não tenho medo de ousar e tentar. Se cair, levanto de novo e recomeço. O importante é não desistir, não cometer os mesmos erros, ouvir o cliente e inovar sempre.”

Irmãs transformam investimento de R$ 15 mil em faturamento de R$ 800 mil

Irmãs transformam investimento de R$ 15 mil em faturamento de R$ 800 mil

Donas da loja virtual Carmensitas, elas apostam em camisetas personalizadas e produtos para casa

Por Fabiano Candido com Isabela Moreira - 06/03/2015
As irmãs Jibrine transformaram o passatempo de carnaval em um e-commerce de sucesso (Foto: Divulgação)
As irmãs Andrea e Renata Jibrine, de 31 e 34 anos, adoravam trocar a cidade de São Paulo, onde moram, pelo Rio de Janeiro na época do carnaval. A diversão era levada a sério: Andrea, que trabalhava como estilista na confecção da mãe, fazia uma camiseta personalizada diferente para cada dia que ela, a irmã e o grupo de amigas passassem na cidade maravilhosa.
Durante os 3 anos que a dupla repetiu o esquema, as camisetas chamaram atenção por suas estampas diferentes e mensagens descontraídas. A procura pelas peças era tanta que, em 2011, as irmãs resolveram transformar a tradição de carnaval em um negócio rentável, a loja virtual Carmensitas.
Andrea deixou de ser estilista da confecção familiar para se dedicar totalmente à nova marca, e Renata parou de trabalhar na área de arquitetura para ajudar a irmã na parte de criação dos produtos da Carmensitas.
O investimento inicial da empresa foi de R$ 15 mil. “Como utilizamos a infraestrutura da confecção da nossa família, nossos custos foram reduzidos”, afirma Andrea.
A marca se diferencia por vender camisetas com estampas diferentes e mensagens divertidas (Foto: Reprodução/Instagram)
Pouco tempo após o lançamento da marca, uma blogueira famosa no segmento de moda e beleza fez um post sobre algumas das peças. Isso fez com que a procura pelos produtos da Carmensitas aumentasse consideravelmente. “Nossa média é de 400 a 500 acessos diários no site. Quando alguma blogueira faz uma postagem citando a marca, o site chega a receber mais de 2000 visitas”, diz a estilista.
Atualmente, além das camisetas desenhadas por Andrea e Renata, a Carmensitas também vende acessórios e objetos de outras marcas. Os produtos são selecionados em uma curadoria feita pelas irmãs. “Lançamos uma nova coleção por mês, então escolhemos o que tem a ver com a linha. Sempre temos alguma coisa nova. Como somos um e-commerce, os clientes querem ver uma novidade toda vez em que acessam o site”, afirma Andrea.
O desenho das camisetas também requer um cuidado especial. “A nossa essência consiste em não desenvolvermos o que está na moda e sim o que gostamos. Nossas estampas são exclusivas e o atendimento é personalizado”, diz a empreendedora. Os produtos do site saem por valores entre R$ 89 e R$ 169.
As irmãs consideram que a combinação de produtos personalizados com tom de novidade em épocas específicas é certeiro para o negócio delas. Parece estar funcionando: em 2014, o faturamento da Carmensitas foi de R$ 800 mil.