Rede de franquias fatura R$ 8 mi com o aumento do estresse

Segundo Gustavo Albanesi, proprietário do Buddha Spa, a pequena clínica de shiatsu seria só um negócio paralelo de dois executivos do mercado financeiro. “O negócio acabou evoluindo, tendo um resultado bastante satisfatório e a gente investiu mais”, conta.
Em 2008, Albanesi deixou o mercado financeiro e focou na expansão da rede de spas. “Eu abri uma boutique de assessoria financeira e voltei os esforços para expandir o Buddha Spa de forma mais alavancada”, diz. Parte desta estratégia foi abrir franquias da marca para fazer a rede crescer.
Depois de inaugurar unidades próprias em 2008 e 2010, as franquias pareceram ideias para a marca. “A gente abriu franquias por entender que era o modelo que permitia a expansão mais rápida e mais interessante para expandir com maior velocidade, sem precisar descapitalizar antes”, explica.
Para ele, a inovação nos serviços foi essencial para o negócio ganhar mercado. “Talvez seja o primeiro day spa do Brasil. Estamos sempre trazendo tendências internacionais”, diz. Hoje, além de empreendedor, Albanesi também é presidente da Associação Brasileira de Clínicas e Spas (ABC-Spas), responsável pela organização de eventos como o Spa Week, que dá descontos em clínicas e spas durante uma semana.
Segundo ele, o grande desafio para fazer o negócio crescer foi cultural. “O momento que a gente viveu não tinha muitos spas e tudo era novidade. Isso acabou nos favorecendo. Mas o grande desafio foi cultural, as pessoas não estavam acostumadas a fazer massagem ou estética de maneira mais ampla”, indica.
Hoje, a rede de spas tem sete unidades na cidade de São Paulo, sete no Rio de Janeiro, uma em Ribeirão Preto, interior paulista, e uma em Caldas Novas, em Goiás. Ao todo, a rede opera com três unidades de spas próprios e outras 13 franqueadas.
Neste ano, a empresa pretende atingir faturamento de 8,5 milhões de reais; no ano passado, a rede faturou 6 milhões de reais.
São três modelos principais de franquias hoje. As lojas de rua, com 120 a 300 metros quadrados, exigem investimento de até 350 mil reais e podem faturar entre 50 mil e 70 mil reais.
Há o formato de spa em hotéis, como a unidade de Caldas Novas, com investimento a partir de 180 mil reais e faturamento semelhante ao de lojas de rua. Outro modelo é o de spas em academias, que exige 40 metros quadrados e investimento a partir de 80 mil reais. O faturamento varia de 20 mil a 60 mil reais.
Expansão
Para se consolidar como a maior rede de franquias de spa, a empresa foca nas microfranquias, as de investimento mais baixo. “Em 2014, a gente pretende continuar nos modelos de menor investimento, em empreendimentos comerciais e hotéis, e gerar demanda maior e atratividade para o franqueado”, conta Albanesi.
A meta é seguir abrindo de 8 a 10 unidades por ano, chegando a 50 novas franquias nos próximos cinco anos. Para isso, comprar clínicas e spas também está nos planos da empresa. “A gente tem crescido em um modelo interessante, por meio de fusões e aquisições, compramos nove espaços que já estavam operando e transformamos no Buddha. É um modelo que permite crescer de maneira rápida”, diz