3 oportunidades e desafios para construir um e-commerce durador

3 oportunidades e desafios para construir um e-commerce durador

O canadense Danny Rimmer, do fundo de investimentos Index Ventures, explica como construir um e-commerce de sucesso

Da Redação - 17/03/2015
computador, vendas, e-commerce, comércio eletrônico (Foto: ThinkStock)
O canadense Danny Rimmer integra o fundo de investimentos Index Ventures desde 2002. Com escritórios em Londres, na Inglaterra, e em São Francisco, nos Estados Unidos, a empresa investe atualmente em 140 startups de 20 países.
Rimmer decidiu usar sua experiência para escrever um artigo intitulado “As oportunidades e os desafios de construir uma marca duradoura de comércio eletrônico”. “Como investidor, tenho um carinho especial pelo ambiente do e-commerce – não porque eu seja um conhecedor de moda em particular, mas porque eu acho investir em comércio eletrônico mais desafiador no que investir em aplicativos ou serviços.”
Segundo ele, o maior desafio de uma loja online hoje é ser capaz de lançar e desenvolver um produto online primeiro e então construir uma marca verdadeiramente forte ao redor dele. “Essa combinação é particularmente valiosa, porque a marca implica aspiração e aspiração implica uma margem significativa.”
Em seu artigo, Rimmer destacou três pontos que hoje guiam seus pensamentos sobre investir e construir uma marca de e-commerce bem-sucedida.
A loja online ainda é o rei
Apesar de todos os novos modelos de e-commerce que apareceram nos últimos anos – sites de vendas rápidas e serviços por assinatura -, o formato que continua dominando é a loja online.
Lojas online com produtos diferenciados estão particularmente bem-posicionadas para o sucesso. Você não é um vendedor diferenciado simplesmente por vender online e entregar na casa do cliente. Todo mundo faz isso. Para realmente construir algo de valor, quem entra no mercado deve criar uma marca forte, além de verificar todos os valores tradicionais de comércio eletrônico.
É tudo sobre online e off-line
Uma forma de os varejistas online engajarem seus consumidores é criar uma experiência de compra similar que liga diferentes pontos tanto do online quanto do off-line. Os consumidores de hoje querem pesquisar em um aplicativo, mas manusear o produto antes de comprá-lo e os vendedores vencedores de amanhã serão aqueles que dominam o omni-channel (termo que aponta que não há mais diferenças entre loja física ou virtual. O cliente conhece o produto na loja, compra pela internet, e vice-versa.)
A Apple, particularmente, fez um bom trabalho nisso. Não apenas com suas lojas físicas mantendo estética semelhante ao site da marca, mas eles também criaram uma experiência de compra diferenciada com a Genius Bar e grandes balcões com produtos que podem ser manuseados.
Cuidado com a espada de dois gumes da escalada
Do jeito que eu vejo, há três pontos principais de inflexão para empresas de comércio eletrônico: quando elas alcançam vendas de US$ 20 milhões, quando alcançam US$ 60 milhões e US$ 100 milhões. Comparativamente, alcançar as duas primeiras categorias não é tão difícil quanto a terceira.
Ao alcançar a marca de US$ 100 milhões em vendas, a maioria das empresas afunda ou nada, porque é quando tudo muda – as companhias precisam contratar novas equipes de grande calibre, se colocar em novas infraestruturas e geralmente aprender a operacionalizar tudo. As empresas também precisam resistir a tentação de comprometer suas margens em nome do crescimento e da conquista de maior participação de mercado.
Os erros mais comuns que eu vejo são os fundadores contratando executivos da velha guarda que não se adaptam ao ambiente da startup e jovens funcionários que se recusam a admitir que bateram no teto do conhecimento que eles têm e precisam de ajuda externa. É desafiador, porque as startups bem-sucedidas precisam do talento cru dos jovens e da experiência e guia dos mais velhos. Mas pode ser realmente difícil encontrar o mix certo de colegas para o trabalho funcionar.